My clown

Quando eu trabalhava no Espaço Gráfico, aconteceu de uma vez eu ficar meio deprimida, sei lá porque, nem lembro mais, mas sei que andava sem inspiração sem idéias com a criatividade em baixa. Então tive a notícia de uma oficina de criatividade aqui em Curitiba, só que eu não podia pagar. Era num workshop com um cartazista e ilustrador polonês (infelizmente não lembro o nome dele). A Dedé, uma das donas do escritório, me chamou e disse que se eu quisesse fazer a oficina ela pagava... Fiquei muito contente e com um medo danado, pois uma oficina de criatividade pode ser uma armadilha pra quem está com a criatividade em baixa... Era um desafio e eu topei, com medo e tudo.
Esse palhaço aí foi o resultado da minha oficina. E o que me chamou mais a atenção é que eu estava tão condicionada a fazer tudo no computador que não conseguia fazer o meu cartaz sem um bendito computera (como dizia o polonês): No, no computera! Era pra fazer a mão mesmo, e eu toda perdida, sem lenço nem documento. Até hoje não sei se meu trabalho agradou a ele. Mas eu fiquei feliz com o resultado pois adorei fazer. Hoje tento treinar meu traço, porque na faculdade, sempre fiz tudo primeiro a mão pra pensar no resultado que queria alcançar, antes de sentar na frente de um computador pra executar. Mas no dia a dia de um escritório muitas vezes a pressão é grande e usar um tempo pra rascunhar se torna um luxo, é tudo muito corrido. E corremos o risco de perder bons hábitos. Pra quem é estudante da área, fica a dica: Pense pequeno antes, ou seja, rascunhe, rabisque, busque as proparções da composição, planeje, antes de executar.